Desde 1993
As origens mais remotas do Guarda-Nocturno no Mundo, apontam para os Fenícios e os Cartagineses. Contudo, é na Roma Imperial de Augusto que a figura do Homem que Guarda a Noite e que se celebrizou como o "triumviri nocturni" marcou a História como a primeira forma de policiamento na Antiguidade Clássica.
Em Portugal, D. João I, na sua Carta Régia de 1383/1385, instituiu o reconhecimento dos "vigias nocturnos" a par dos "carpinteiros do machado" (de que derivaram os bombeiros, como os conhecemos hoje).
História
Apesar de se conhecer em Portugal, referências aos vigias nocturnos ao longo da História, nomeadamente após o Terramoto de Lisboa em 1755, é já na segunda metade do século XIX que a actividade de vigia nocturno, já sob o nome de Guarda-Nocturno, se intensifica de uma forma organizada na Cidade de Lisboa, através da proliferação de regulamentos pelos regedores de Juntas de Paróquia.
Tendo el-Rei estabelecido em Carta de Lei de 1867 que quando os habitantes de uma qualquer circunscrição pretendessem que a mesma fosse vigiada mais constantemente, atendendo à insuficiência de policiamento disponibilizado, ser-lhe-ia concedida a afectação directa de um "empregado de polícia", contra o pagamento dos valores estabelecidos ou, seria nomeado para o efeito o indivíduo ou indivíduos que os mesmos propusessem, acabaria Sua Majestade Real, por se insurgir, em Portaria de 1873, contra a ilegalidade dos regulamentos policiais estabelecidos pelos regedores, alertando os governadores civis para o cumprimento integral da Lei.
Mais tarde, em 1912, já na I.ª República, surgiria o primeiro regulamento específico da actividade de Guarda-Nocturno, obstando definitivamente aos regulamentos anteriores, cuja ilegalidade era evidenciada e visando assim fazer legalizar os Guardas-Nocturnos Efectivos e os Guardas-Nocturnos Supranumerários que existiam até então e, marcando na História de Portugal, o primeiro documento oficial que atesta que esses profissionais, então considerados serventuários, andavam armados com arma de função (sabre curto), no período de serviço e na área para que estavam autorizados, por bilhete de identidade exarado pela Polícia a que eram adstritos.
Foram alguns desses mesmos Guardas-Nocturnos que menos de quatro meses depois de sair esse diploma em Diário do Governo, conseguiram finalmente, após sete longos anos de espera e de tentativas frustadas, legalizar a primeira Associação de Classe de Guardas-Nocturnos.
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A ORIGEM DO DIA DO
GUARDA-NOTURNO
A ORIGEM DO DIA DO
GUARDA-NOTURNO
Esta data é inspirada em SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA, considerando o padroeiro dos GUARDAS-NOTURNOS, e que também celebra o seu dia em 19 de outubro, de acordo com a liturgia católica.
Este santo nasceu em Espanha, na província de Estremadura em 1499, e era conhecido por ser um excelente vigilante.
O pai de Pedro de Alcântara queria que o filho fosse advogado, mas o jovem escolheu a vida religiosa, entrando para a Ordem dos Franciscanos. O seu nome de batismo era Juan Garabito. Aos 16 anos de idade foi enviado ao convento e tornou-se um “Franciscano Descalço”. A vigília era uma de suas práticas de austeridade mais radicais e, por isso, foi escolhido o “santo padroeiro dos Guardas-Noturnos”. Ele morreu em 1562, por causas naturais. Foi um frade espanhol que fez grandes reformas na sua ordem religiosa, a Ordem dos Capuchinhos, no Reino de Portugal.
Nasceu no seio de uma família nobre. Estudou direito na Universidade de Salamanca, mas abandonou os estudos e tomou uma vida religiosa, em 1515 no Convento de San Francisco de los Majarretes, perto de Valência de Alcântara, onde tomou o nome de frade Pedro de Alcântara. Foi ordenado em 1524, com 25 anos de idade.
Viajou até Portugal em 1539 para ajudar o seu parente Martín de Santa Maria Benavides a reformar uma das províncias franciscanas. De 1542 a 1544, foi guardião e mestre de noviços em Palhais. Com a morte de Martín, em 1546, foi Pedro de Alcântara quem deu seguimento a seu trabalho, sendo, por isso, muito apreciado pelo rei Dom João III.
Logo estabeleceu-se na Serra da Arrábida e, aí, ajudou a fundar uma série de mosteiros para os chamados Arrábidos (ou capuchos, noutras zonas do país), nomeadamente o chamado Convento de Nossa Senhora da Arrábida. Escreveu toda a regra das comunidades lá perto, em Azeitão.
Em 1555, iniciou a reforma da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos mediante as regras “alcantarianas”, hoje conhecidas como de “Estrita Observância”. Mais tarde, foram os Arrábidos que foram colocados no Convento de Mafra por Dom João V. Acabaram por ser expulsos de Portugal quando da implantação do liberalismo no país, sendo, então, reintegrados na Ordem de São Francisco.
Em 1557, estava no Reino de Portugal que tanto amava.
Era notável pregador e mítico, amigo e confessor de Santa Teresa de Jesus a quem terá ajudado, e, 1559, na tarefa de reforma da Ordem dos Carmelitas, a par de São João da Cruz. Escreveu o “Tratado da Ordem e Meditação” que terá sido por São Francisco de Sales.
VENERAÇÃO
Diz-se também que pedro dormia muito pouco e que sempre dormia sentado. Porque ele estava a maior parte do tempo acordado, enquanto seus irmãos frades estavam a dormir, ele é o santo padroeiro dos adoradores noturnos. GUARDAS-NOTURNOS.
LEGADO
Foi beatificado em Roma pelo Papa Gregório XV em 18 de abril, 1622, e canonizado pelo Papa Clemente IX 28 de abril de 1669.
A festa de São Pedro é em 19 de outubro, o dia da sua morte. Por ser a festa de São Lucas Evangelista celebrado em 18 de outubro, o dia da festa de São Pedro no Calendário Romano Geral foi a princípio atribuído a 19 de outubro, o primeiro dia livre, quando em 1670 foi incluída nesse calendário. Devido á importância supostamente limitada da festa de São Pedro em todo o mundo, essa foi removida e, 1969, deixando-a para ser incluída, se assim for desejado, nos calendários locais, não necessariamente no mesmo dia. Alguns católicos tradicionalistas ainda continuam a usar as versões anteriores a 1970 do Calendário Romano Geral.
São Pedro de Alcântara é o padroeiro da Adoração do Santíssimo Sacramento Noturno. Em 1826, foi nomeado padroeiro do Brasil, e em 1962 (o quanto centenário da sua morte), da região espanhola da Extremadura. Ele também é venerado como padroeiro de várias paróquias nos Estados Unidos e Filipinas. A cidade de São Pedro de Alcântara, na província de Málaga foi assim nomeada em homenagem a ele.